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segunda-feira, 30 de maio de 2011

OS CAMINHOS PARA DEUS

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Caríssimos Irmãos,

 

Sobre os Caminhos que levam à Iluminação da Consciência ou a Deus, uma jovem  inteligente e de mente prestigiosa após ler o texto abaixo, escreveu algo divinamente profundo que entregamos as vossas reflexões:

 

..."Imagino que para encontrar Deus não é necessário deixar casa, família,  uma vez que família é algo instituído pelo próprio Deus, e é justamente o exercer da divindade existente nas pessoas, criar um novo ser a partir de dois outros."

 

Fraternalmente,

 

Marcelo Sobral

 

 

Os quatro Caminhos para a Iluminação:

Os Caminhos para encontrar Deus

1º Caminho: O caminho do faquir:

O caminho do faquir é o da luta contra o corpo físico, é o caminho do trabalho sobre o primeiro quarto (o corpo). É longo, difícil e incerto. Consegue-se isso através de terríveis sofrimentos, torturando o corpo. Todo o caminho do faquir é feito de exercícios físicos incrivelmente penosos.  Se não adoece ou morre, o que se pode chamar de vontade física desenvolve-se nele.

Mas suas outras funções – emocionais, intelectuais – permanecem não desenvolvidas. Conquistou a vontade, mas nada possui em que possa aplicá-la, não se pode fazer uso dela para aperfeiçoar-se a si mesmo.

2º Caminho: O caminho do monge:

É o caminho da fé, do sentimento religioso e dos sacrifícios. Um homem que não tenha emoções religiosas muito fortes e uma imaginação religiosa muito intensa não se pode tornar um monge no verdadeiro sentido dessa palavra. O caminho do monge também é muito duro e muito longo. O monge passa anos e dezenas de anos lutando contra si mesmo, mas todo o seu trabalho se concentra no segundo quarto (emoções), no segundo corpo, isto é, nos sentimentos. Submetendo todas as suas outras emoções a uma só emoção, a FÉ, ele desenvolve em si mesmo a unidade, a vontade sobre as emoções e por este caminho atinge o último quarto.

3º Caminho: O caminho do iogue:

O terceiro caminho é o do iogue. É o caminho do conhecimento, o caminho do intelecto. O iogue trabalha sobre o terceiro quarto (intelecto) para conseguir penetrar no último quarto. O homem que segue o caminho do monge tem um mestre e, parte de seus deveres, parte de sua tarefa, é ter fé absoluta em seu mestre; deve submeter-se absolutamente a ele, na obediência. Mas o essencial no caminho do monge é a Fé em Deus, o amor a Deus, os esforços ininterruptos para obedecer a Deus e servi-Lo, embora em sua compreensão da idéia de Deus e do serviço de Deus possa haver grande parte de subjetividade e muitas contradições.

 

MAS, todos os caminhos, o caminho do faquir assim como o do monge e o do iogue, tem um ponto comum. Todos começam pelo que há de mais difícil, UMA MUDANÇA TOTAL DE VIDA, UMA RENÚNCIA A TUDO O QUE É DESTE MUNDO. Um homem que tem uma casa, uma família, deve abandoná-las, deve renunciar a todos os prazeres, apegos e deveres da vida e partir para o deserto, entrar num mosteiro ou numa escola de iogues. Desde o primeiro dia, desde o primeiro passo no caminho, dever morrer para o mundo; só desse modo é que pode esperar alcançar alguma coisa desses caminhos.

Para apreender a essência deste ensinamento é indispensável dar-se muito bem conta de que os caminhos são os únicos métodos capazes de assegurar o desenvolvimento das possibilidades ocultas do homem.

Isso, aliás, mostrar quanto tal desenvolvimento é raro e difícil. O desenvolvimento dessas possibilidades não é uma lei. A lei, para o homem, é uma existência dentro do círculo das influências mecânicas, é o estado de homem-máquina. O caminho do desenvolvimento das possibilidades ocultas é um caminho contra a natureza, contra Deus. Isso explica as dificuldades e o caráter exclusivo dos caminhos. São estritos e estreitos. Entretanto, nada poderia ser atingidos sem eles. A vida do dia a dia, mesmo bem sucedida, leva a morte e não poderia levar a nada diferente.

4º Caminho:

O quarto caminho não pede que a pessoa se retire do mundo, não exige que abandone tudo aquilo que tenha vivido até então. Isso significa que é preciso estar preparado para entrar no QUARTO CAMINHO. No quarto caminho, o conhecimento é ainda mais exato e mais perfeito.

Os principais elementos da escola do quarto caminho são a consciência e a lembrança de si. É um caminho de auto-desenvolvimento, uma maneira de aprender sobre nós mesmos e de mudarmos a nós mesmos. E, esperançosamente, um caminho para Deus ou o que quer que seja após esta vida.

A linha de trabalho difundida por Gurdjieff e conhecida como O QUARTO CAMINHO, provavelmente é o caminho mais difícil a ser seguido, uma vez que nos é imposto praticá-lo em meio à vida cotidiana - no dia-a-dia, sem renunciar ao mundo.  No Quarto Caminho é importante manter uma relação ativa e direta de comprometimento com as circunstâncias variáveis da vida, que nunca são fixas e habituais. Deve-se ter capacidade de adaptação às diferentes condições da vida pondo em prática todos os conhecimentos do Trabalho Em Si.   AUTO-OBSERVAÇÃO e LEMBRANÇA DE SI são chaves para a evolução neste caminho.  O homem do Quarto Caminho deve estar conectado, sintonizado com a vida.  Deve realmente compreender o significado de ESTAR NO MUNDO SEM SER DO MUNDO.   Deve entender que o melhor caminho é o caminho do meio, do centramento, do alinhamento dos centros (físico, energético, emocional e intelectual), da harmonização entre o interno e o externo, e aceitar o convite para o verdadeiro DESPERTAR, permitindo assim a manifestação do EU SUPERIOR.

Na verdade, enquanto seus quatro corpos não estiverem totalmente desenvolvidos, nenhum homem tem o direito de ser chamado homem. A evolução da humanidade além de certo grau ou mais exatamente além de certa percentagem seria fatal. A humanidade é uma parte da vida orgânica; isto significa que a humanidade é um alimento para a lua. A possibilidade de evolução, no entanto, existe e pode ser desenvolvida em indivíduos isolados, com o auxílio de conhecimentos e métodos apropriados.

Podemos dizer que a vida é governada por um grupo de homens conscientes? Onde estão? Quem são?

Vemos exatamente o contrário. A vida está em poder dos mais inconscientes e dos mais adormecidos.

Podemos dizer que tal grupo existe? Talvez possamos, com base em certos sinais.... De certo, duzentos homens conscientes, se existissem e achassem essa intervenção necessária e legítima, poderiam modificar toda a vida sobre a terra. Mas ou não existem em número suficiente, ou não querem, ou os tempos ainda não chegaram, ou talvez os outros estejam dormindo profundo demais.

O círculo interior (Os Grandes Iniciados, O Império Invisível, O Governo Oculto do Mundo) é chamado círculo esotérico; compreende os seres que atingiram o mais alto desenvolvimento possível ao homem.

 

 Lembrem-se do motivo pelo qual vieram a Terra! Mestre Gurdjieff

 

Caríssimo irmão, após refletir sobre o texto acima, gostaria de receber seus comentários ou reflexões sobre o mesmo.  

 

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